Criar um Site Grátis Fantástico
Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese
Ultimas Atualizações
PASSA o TEMPO  (17-07-2019)
ESTA É A HORA DO CONTO  (25-06-2019)
ATENÇÃO NOVIDADES  (18-06-2019)
EDITORIAL  (14-05-2019)
A CAPA DO ZERO CINCO  (14-05-2019)
VOTAÇÃO
QUE GOSTA DE VER NO SITE
CONTOS
POLICIÁRIO
PALAVRAS CRUZADAS
PASSATEMPOS
MATEM
Ver Resultados

Rating: 2.8/5 (30 votos)


ONLINE
1





Partilhe esta Página



Total de visitas: 6379
HORA DO CRIME
HORA DO CRIME

 

                                       

                                           CHEGOU A HORA DA MORTE

 

                          UMA HOMENAGEM AO NOVE/VERBATIM

     Chama-se SOSSEGO PERTURBADO original deste nosso amigo que está na TERRA onde todos nos vamos encontrar…

   A habitual pacatez da Rua dos Moinhos Velhos foi perturbada numa manhã do fim de Março, que se apresentou cinzenta e fria, em franco contraste com os soalheiros quatro dias anteriores. No interior da entrada do nº 15, um edifício de cinco pisos e nove moradores, apareceu morto o Sr. Tomé Nunes, comerciante de 47 anos de idade, residente no 3º direito desse prédio. A Polícia foi avisada às 8h57, por telefonema do Sr. Francisco Pereira, o vizinho do 3º esquerdo.

O Sr. Nunes, de acordo com as primeiras observações da polícia e do médico legista, fora atingido mortalmente na cabeça por um objecto contundente. Tratava-se de um homicídio, sem qualquer dúvida.

Quando o Inspector Botelho chegou foi informado da preciosa colaboração do Sr. Pereira, o qual repetiu o que já dissera aos agentes Paiva e Varela:

“Eram oito e meia, estava eu a terminar a minha corrida, quando verifiquei que me esquecera da chave da porta do prédio. Como vi luz no hall esfreguei o vidro embaciado para ver se estava alguém a descer. Para minha grande surpresa avistei um corpo caído. Esfreguei ainda mais e cheguei à conclusão de que era o Sr. Tomé Nunes. Fiquei uns segundos sem saber o que fazer. Depois pensei que o melhor era avisar a Polícia e evitar que alguém mexesse no corpo. Peguei no telemóvel e liguei-vos de imediato. A seguir abri a porta e fiquei aqui a tomar conta do meu infeliz vizinho. Desde que descobri o cadáver e até chegarem aqueles senhores guardas, só passaram pelo hall os vizinhos do 4º e 1º direitos. Mas não vi quem tenha saído directamente pela garagem. E é verdade… quando estava a chegar ali ao fundo da rua, ainda antes de ter verificado que não tinha as chaves da porta do prédio, vi sair o matulão do Serafim, um tipo muito simpático, que mora no 2º esquerdo”.

O Sr. Serafim, que foi localizado pouco depois, declarou ter dado pelo Chico Pereira a correr na direcção de casa, seriam umas 8h30, mas jurou não ter visto pessoa alguma no hall.

O Inspector Botelho sorriu. Tinha ainda de colher muitos dados e ouvir várias pessoas. No entanto, parecia-lhe que o agressor do desafortunado Sr. Tomé Nunes já se tinha dado a conhecer.

 Quem era ele e como é que se denunciou?

 

CONTINUAÇÃO DO LIMA RODRIGUES: terminámos com o «SER OU NÃO SER», e aqui recomeçamos os asteriscos são notas minhas.

   Se somos portugueses, sejamo-lo em qualquer circunstância. Se temos bons valores, saibamos reconhece-los e não os obriguemos a ocultar os seus nomes como qualquer personagem dos romances que escrevem.

   Termina assim LIMA RODRIGUES EM 1963:

   Gostaríamos de saber também a tua opinião. Mas não fiques igualmente arreigado à velha comodidade de pensares e não escreveres. Escreve mesmo. Envia-nos o teu pensamento e terás cumprido com a tua obrigação de policiarista e, acima de tudo, de bom português.

   Santarém, 15 de Fevereiro de 1963