ANTES DE ADORMECER UMA ESTÓRIA CONTAREMOS
EIS FRANCISCO A. BRANCO E O ORIGINAL
QUE ME DESCULPEM TODOS, TENHO O ORIGINAL, GANHOU O I PRIMEIRO PRÉMIO DO CONCURSO DE CONTOS DA “Vampiro Magazine”; acho que ele escreveu algo assim: estimados não sei escrever por isso pedir ao meu primo para copiar o que eu dizia, e este foi o “CLUBE DOS ANÕES” com que classifico AAA +.
Começo pelo prefácio. Mas aqui vai um conto policial português premiado na santa terrinha do “senhor TRAMPA”. Peço de novo que todos vós me desculpeis, o título acima foi premiado sim, mas na prestigiada revista “ELLERY QUEEN’s MISTERY MAGAZINE”, no entanto para quem o reconhece, leu e releu, (eu fui um desses tantos) sabe que o final é....
PRIMEIRO PRÉMIO: FRANCISCO A. BRANCO
I – Carta do concorrente: UM TRANSMONTANO
Excelentíssimo Senhor:
Junto com esta aí vai um conto para o concurso que os Senhores abriram, e que tem um prémio de 2 contos*, e, peço muitas desculpas de ser assim tão à pressa e à última da hora, poque eu sou meio-caixeiro** numa mercieiria na Rua dos Anjos e não tenho muito tempo para me dedicar às escrituras.
Eu gosto muito de escrever, mas nunca teria coragem de mandar um conto para ganhar os dois contos, se não fosse a menina Lídia, que filha do meu patrão, que anda a estudar para professora na Faculdade em Letras e que pediu muito, muito, muito para eu não deixar de enviar este conto; diz: que é um conto notável e que faz lembrar contos estrangeiros. Eu só peço a Vossa Excelência que lá por ser o conto de um meio-caixeiro não deixe de ler até ao fim, porque a menina Lídia diz: o fim é que é bom; que tem muita psicologia.
Eu às vezes ainda faço uns erros e por isso pedi à menina Lídia para pôr bem as palavras e as vírgulas, e, os pontos, porque isso é coisa que me faz muita confusão, mas se eu ganhar o prémio, com certeza já escreverei melhor.
Gosto muito de ler o seu Magazine e o Mistério Magazine assim como os livros de Eurico Veríssimo e Stefan Zweig. Os contos que mais gosto são: Emboscada, A Casa no Bosque, e todos os desse escritor Carter Dickson assim como O Club dos Anões, do nosso português Francisco Afonso Branco, eu gosto muito dos contos que metem deduções mas também gosto do Santo, porque o Santo é engraçado.
Eu, nunca escrevi, se não uns versos no dia dos anos da menina Lídia, que ela disse que estavam muito bonitos e uma vez umas coisas para o jornal da minha freguesia, que eles não puderam publicar pois o dito jornal acabou, sendo assim eu gostava que o meu conto fosse o primeiro.
E sem mais maçadas a Vossa Excelência eu quero acabar. Muitos comprimentos*** a vossa excelência e recomendações ao pessoal da revista e muito obrigado pelo concurso.
Atts Vnrd ɚ Obdg
a) Um transmontano
P.S. não ponho o meu nome porque, o Senhor Director diz para não pôr e pôr dentro do envelope, eu, sou de De-Trás-Os-Montes. Peço desculpa, da carta ir escrita à pressa mas no conto escrevi de vagar e com letra gorda por causa da tipografia.
Um transmontano
II – Decisão do júri:
O prémio de Vampiro Magazine foi atribuido ao conto “?!”****, do concorrente “Um transmontano” conto que fora acompanhado pela carta anterior. A carta não teve qualquer influência sobre o juízo do juri: dois membros deste que não a tinham lido, votaram o conto como o melhor. Depois da classificação, “Livros do Brasil” procedeu à abertura dos envelopes lacrados que continham os nomes dos concorrentes. O envelope de “Um transmontano” continha o seguinte:
III – A carta:
Francisco A. Branco escreveu o conto e criou a personagem do meio-caixeiro existente até à abertura do sobrescrito.
Seu irmão, Norberto, copiou laboriosamente, deitando até a língua de fora em profunda aplicação, nos momentos críticos.
O manuscrito repousou uma noite na gaveta das batatas e cebolas para adquirir cor (neste caso odor) local, neste caso com êxito, infelizmente, muito moderado.
NOTAS MINHAS (Abrótea): * Se fosse hoje, trocar um conto por “dois contos”, chamar-se-ia o célebre Conto do Vigário. ** Durante muitos anos trabalhei como carneiro, desculpem, cortador, e um colega meu como caixeiro, conheço aprendiz, e aquele antes, ajudante de aprendiz que por vezes ganhava mais por levar as alcofinhas, terceiro oficial ou caixeiro, segundo oficial ou caixeiro, e por aí fora... nunca conheci nem meio oficial, nem meio caixeiro porque assim também reconhecia o meio buraco e a meia galinha viva. *** os muitos “Comprimentos” achei engraçado apenas porque “Eu estou longe, lá muito longe...”. **** Aqui fui eu que não “botei” o título porque vem....
O ENVENAMENTO
Cláudia fechou a porta do quarto sem ruído.
- Então senhor doutor? Perguntou ela a medo.
O rosto enrugado do médico franziu-se num sorriso.
- Finalmente, suponho que todos podemos respirar com alívio – respondeu ele, metendo na algibeira larga a bolsa do estetoscópio – a nossa doente está livre de perigo. Naturalmente – acrescentou, sempre cauteloso – é ainda possível uma recaída ou qualquer outra complicação. Porém, considero-o pouco provável.
- Oh, muito obrigado, sr. Doutor – disse Cláudia maquinalmente enquanto acompanhava o velho até à saída.
- Basta o sr. Doutor considerá-la livre de perigo para nós a considerarmos curada. - A sua voz não reflectira o desânimo que a invadira interiormente. – salvou-lhe a vida, tanto eu como o meu marido não o esqueceremos.
O médico fez com a mão um gesto de modéstia.
- Como sempre, repouso absoluto – recomendou, já no patamar. - Sumo de fruta e o costume. Voltarei amanhã e então falaremos talvez em comer.
Cláudia fechou a porta do quarto vagarosamente. «Livre de perigo». Encaminhou-se para a porta do quarto da doente e parou, de mão no puxador. « Suponho que podemos todos respirar com alívio». Com alívio!. «Não morreria!». Suspeitava-o já há dias. O abaixamento da febre, o semblante do médico cada vez menos grave depois do exame quotidiano, o aspecto da doente... Não morreria. Cláudia curvou-se e escutou. Não ouvia nada. Certamente a velha dormia. Endireitando-se, encaminhou-se lentamente para a porta da cozinha. « É ainda possível uma recaída ou outra qualquer complicação». Porque não? O rosto sorridente do velho porém dizia-lhe que não. Não!. Ela não morreria.
O médico fez com a mão um gesto de modéstia.
- Como sempre, repouso absoluto – recomendou, já no patamar. - Sumo de fruta e o costume. Voltarei amanhã e então falaremos talvez em comer.
Cláudia fechou a porta do quarto vagarosamente. «Livre de perigo»». Encaminhou-se para a porta do quarto da doente e parou, de mão no puxador. « Suponho que podemos respirar com alívio». Com alívio!. «Não morreria». Suspeitava-o já há dias. O abaixamento da febre, o semblante do médico cada vez menos grave depois do exame quotidiano, o aspecto da doente... Não morreria. Cláudia curvou-se e escutou. Não ouvia nada. Certamente a velha dormia. Endireitando-se, encaminhou-se lentamente para a porta da cozinha. « É ainda possível uma recaída ou outra qualquer complicação». Porque não? O rosto sorridente do velho porém dizia-lhe que não. Não!. Ela não morreria. A nossa doente está livre de perigo.
- Cláudia! – A voz fraca saindo do quarto fê-la parar. Retrocedeu vagarosamente e abriu a porta. Entrou e sorriu para a velha. – O que é avó?.
- Que disse o médico?
- Que está quase boa. – Cláudia avançou um passo e aconchegou a roupa em volta da doente. A nossa doente está livre de perigo. Que qualquer dia se poderá levantar.
A velha suspirou.
- Nunca esquecerei o que tu e o Paulo fizeram por mim...! Cláudia olhou o relógio por cima da cómoda.
- São horas de beber o sumo de laranja avó.
- Põe-lhe bastante açúcar, sim? – Pediu a velha.
Cláudia e de novo saiu, para a cozinha. «A velha não morreria». Antes, nunca estivera doente. Depressa se poria boa. Viveria anos e anos ainda, enterrada na província, nas suas propriedades. “A velha não morreria!”. E Paulo não receberia a herança!.
Cláudia entrou na cozinha e abriu o armário. As privações continuariam... E o seu fim estivera tão perto. PORQUE NÃO MORRERIA A VELHA!. Tirou um copo e pô-lo em cima da mesa. A herança... milhares de contos... poderiam ter um filho... um filho. Cláudia escolheu três laranjas de um cesto. E Paulo e ela que tanto o desejavam. Porque não havia de morrer a velha?
Já vivera o bastante. O dinheiro não lhe servia de nada. De nada. Baixou-se e abriu o armário da mesa. Suponho que todos podemos respirar de alívio. A nossa doente está livre de perigo. Cláudia estendeu a mão para o espremedor, tentou não olhar para o canto direito da prateleira superior, mas, não pôde. Ao endireitar-se os seus olhos cravaram-se na lata encarnada. O rato pintado de grandes bigodes parecia rir-se para ela. Endireitou-se rapidamente e fechou as portas do armário. Não!. Abriu a gaveta e tirou uma faca. Poderiam ter um filho. Um menino rosado de grandes olhos negros como Paulo... ou uma menina de cabelos loiro como seu. Porque não havia de morrer a velha?. Cláudia começou descacando as laranjas vagarosamente. “Naturalmente. É ainda possível uma recaída ou qualquer outra complicação”.
Começou descascando a segunda laranja. “Porém , considero-o pouco provável”. Conhecia o médico desde pequena, sabia que o velho só diria tal coisa depois de ter a certeza. A nossa doente está livre de perigo.
Começou a descascar a terceira laranja. A lata encarnada... o rato de grandes bigodes rindo-se para ela... Lembrou-se da cara do droguista. « Muito cuidado minha senhora, isto não mata só ratos... mata...». Não!.
O que tinha ela?. Não!. Juntou lentamente na mão as cascas das laranjas e arrojou-as no caixote de baixo da chaminé. Poderiam ter uma criada... Paulo , o único herdeiro...
Porque não morreria a velha?.
Cláudia partiu com a faca a laranja em duas. Um filho... poderiam ter um filho... não lhe faltaria nada... A lata! Não!. Meteu a metade da laranja no espremedor. O sumo grosso começou correndo para o copo. “Livre de perigo”. O rosto do droguista. «Muito cuidado minha senhora. Isto não mata só ratos. Isto mata pessoas...»
Porque a perseguia esta ideia?, não, nunca poderia fazer semelhante coisa. E Paulo... e se Paulo soubesse... um filho, uma criada, tudo o que quisesse... “porque não haveria de morrer a velha?”. Isto não mata só ratos. Uma colher no sumo de laranja, seria pouco?. Duas colheres? Três colheres! A velha morreria.
Não!, Sim!. O doutor conhecia–a desde pequenina. Não desconfiaria de nada. Não!. Se Paulo soubesse... Cláudia apanhou os restos das laranjas e lançou-os ao caixote. Vagarosamente, dirigiu-se ao armário e tirou o açucareiro. Poderiam ter um filho... um menino pequenino... muito pequenino... não lhe faltaria nada...
Poderia ter um curso quando crescesse... uma fortuna, milhares de contos. Começou deitando açúcar no sumo de laranja....”três colheres”... com o açúcar não se notaria nada... Não! . porque não! Com o açúcar não se notaria nada...
Cláudia baixou-se e abriu as portas do armário. O rato ria-se para ela « cuidado», uma colher, duas? Três? . agarrou a lata e abriu-a, o ratinho ria-se para ela as letras vermelhas, em baixo em letras para identificar “ CUIDADO PRODUTO TÓXICO”, a ler o produto raticida. Mais ainda dizia “ VIOLENTAMENTE TÓXICO, NUNCA CONSERVAR PERTO DA COMIDA!”.
Um pó branco, o médico conhecia-a desde pequenina, nunca desconfiaria de nada. Cláudia pousou a lata em cima da mesa. O Rato ria-se, e se Paulo soubesse?... poderiam ter um filho... e se os outros soubessem... Mas como, a velha estava doente, o médico, esse dissera, é possível uma recaída. Quem iria desconfiar que a morte da avó do Paulo não seria natural? Pensamentos desatinados e...
Se Paulo soubesse... Cláudia desatarrachou a tampa da lata. Tirou uma colher da gaveta. Milhares de contos... um filho...tudo o que quisesse. Vagarosamente deitou no sumo uma colher de pó. Duas, sim, são duas.
- Põe-lhe bastante açúcar sim? – exclamou a velha.
Como o pó branco era parecido com açúcar... três colheres... a cara do droguista “ISTO NÃO MATA SÓ RATOS”. Cláudia mexeu o sumo da laranja com a colher. Demoraria muito tempo? Quanto? Morreria nessa noite? Sofreria muito?... Milhares de contos... Se Paulo soubesse...
Então, ouviu meter a chave à porta. Paulo! Eram horas de vir do emprego. O rato ria-se na lata... Cláudia arrebatou-a de cima da mesa e correu para a varanda. Rápidamente lançou o pó branco na pia. Arrojou a lata para o quintal. Os passos de Paulo soaram no corredor. Cláudia voltou para junto da mesa e começou mexendo o sumo de laranja.
Paulo entrou e beijou-a.
Porque a olhava ele daquela maneira? Não devia ser parva. Olhava-a como sempre a olhara.
- Boa tarde, querida – disse ele. Pôs a mala que trazia em cima de um banco.
- Que te disse o médico hoje?
- Disse que a tua avó estava livre de perigo. – A voz de Cláudia era serena. – Que não tardaria a pôr-se boa.
O rato ria-se certamente no quintal.
- Ainda bem! – exclamou Paulo. Olhou para cima da mesa. – É o sumo para ela. Dá-mo que eu levo-lhe. Sempre quero ver se está animada.
Não! Não!. O veneno dado pelas mãos dele. Não! Pelas mãos de Paulo! Não!.
O marido pegou no copo e saíu.
Cláudia ouviu a porta do quarto que se abria passados uns momentos. A voz de Paulo reboou: - Quem é que vai beber sumo de laranja? Quem é?.
Pelas mãos dele... Cláudia encostou-se à porta... Se ele soubesse... Se ele soubesse... Se o médico desconfiasse. Porque havia de desconfiar? A velha devia estar a beber o sumo agora. «Põe-lhe bastante açúcar, sim?». O rato...
Se Paulo soubesse... Se Paulo soubesse… Se a velha notasse algum sabor estranho?... Porque havia de notar? O sumo tinha bastante açúcar… Açúcar… Milhares de contos…
Cláudia olhou o rosto macerado dentro do caixão. Como ela era velha! As velas iluminavam a câmara fracamente. «A nossa doente está livre de perigo.» E o médico não desconfiara de nada… «Uma infelicidade, sr. Doutor. Estávamos deitados quando me pareceu ouvi-la aflita. Levantei-me e quando cheguei junto dela já estava na agonia.» O médico concordara silenciosamente. «Uma maçada. Nada fazia prever este trágico desenlace.» Mas o médico não vira…Os vómitos… a agonia… a dor aguda nas entranhas… Enfim, podiam ter tudo o que quisessem… Como ela era velha! E seria avarenta, como diziam? Era… Era…E fora ela que a matara… Ninguém desconfiara de nada… Fizera bem… A velha, depois de boa, viveria anos e anos… Se Paulo soubesse…
Paulo entrou, surrateiramente. Fora levar à porta as últimas pessoas que os tinham acompanhado na velada.
- Porque não te vais deitar. Cláudia? – perguntou, meigamente.
Cláudia voltou-se, sobressaltada. Paulo!
- Não tenho sono. – Olhou a velha no caixão e involuntáriamente, acrescentou: - E ela está tão só…
Paulo sorriu e beijou-a.
Se Paulo soubesse…
Paulo entrou na cozinha e pôs a pasta em cima da mesa.
- Boa tarde, Cláudia. – Beijou a mulher e sentou-se num banco. – Uf! Venho cansado. Vim pelo advogado. A avó tinha os negócios quase em ordem. Dentro de um mês, o mais tardar, o dinheiro será nosso.
A fortuna!... Enfim!...
- Sim? – Cláudia não pareceu mostrar entusiasmo.
Ficou calada uns momentos. Paulo fitava também os mosaicos do chão, pensativo.
Ela devia dizer qualquer coisa.
- Sabes, Paulo, não temos açúcar. Porque falara ela no açúcar? – Acabámos o do racionamento. Não poderias arranjar algum?
Paulo riu-se e levantou-se.
- Vou-te fazer uma surpresa. – Abriu as portas do armárioda mesa.
Cláudia olhou-o assustada. Que quereria ele?
- Onde está o raticida? – perguntou Paulo, examinando as prateleiras. – Onde o meteste?
Para que queria ele a lata? Ele sabia! Não sabia! Como poderia saber! Não! Era outra coisa! Outra coisa!
- Deitei-o fora. – O coração de Cláudia bateu desordenadamente. – Não prestava já. Para que o querias?
Paulo sentou-se, rindo.
- O que é? – perguntou Cláudia. Tinha de saber o que se passava. – O que é? De que te ris?
- Não sabes o que fizeste? – Paulo parou de rir. – Um bom amigo meu deu-me um bocado de açúcar. Para te fazer uma surpresa, deitei fora o raticida, lavei a lata e enchi-a com o açúcar. Sempre de te ver a cara ao julgares que não tinhas açúcar e eu te apresentasse uma lata cheia. E deitaste o açúcar fora! – Paulo deu outra gargalhada.
Era açúcar… Era açúcar… Não era veneno… Não era uma assassina… A velha morrera de morte natural. Tinha de ser. Não era uma assassina… Não era… E os vómitos? A agonia? A dor no estômago e nos intestinos? Não!
- O que tens? – perguntou Paulo, súbitamente sério. – O que tens?
Os olhos de Cláudia cravaram-se nas mãos do marido. As suas mãos… Ele entrara e ela contara-lhe o que o médico tinha dito. A nossa doente está livre de perigo. A herança… Paulo levara o copo de sumo de laranja. Ele não deitara fora o veneno! Não deitara! A herança… Também ele desejava a morte da velha… Levara o sumo de laranja…
- O que tens, Cláudia? – gritou Paulo inquieto. Levantou-se e avançou para ela. – O que tens, por amor de Deus?
Fora ele! Fora ele! As mãos dele… Ela não era a assassina… Fora ele…
As mãos avançaram e passaram-lhe em volta da cintura.
- Que tens tu, Cláudia?
As mãos dele…
Cláudia deu um grito e desmaiou.
Notas minhas: nem tudo o que parece, é! Aliás temos exemplos, neste momento e eu... tenho o “Crime Perfeito”, escondido na papelada... Não me lembro se foi com a “IBM”. A velhinha “AZERT” ou com a outra ainda mais antiga... A “HCESAR”. Esse um dia será escrito, formato conto. Escrevi-o, penso num dos primeiros números da revista “Crimes e Passatempos”. E aquele abraço...